top of page

Proibição de Celulares nas Escolas: Impactos Positivos para o Aprendizado

  • Foto do escritor: Didi Rodrigues
    Didi Rodrigues
  • 27 de jan.
  • 3 min de leitura
O uso de celular será proibido
O uso de celular será proibido nas escolas

A proibição do uso de celulares nas escolas brasileiras, sancionada pelo presidente Lula e prevista para entrar em vigor a partir do início do ano letivo de 2025, já provoca debates entre educadores, pais e estudantes. Entretanto, estudos e especialistas apontam que essa medida pode gerar impactos positivos significativos na aprendizagem e na socialização dos alunos.


O que diz a nova lei?

A legislação estabelece que o uso de celulares é proibido durante as aulas, recreios e atividades extracurriculares, salvo exceções como emergências, inclusão de alunos com deficiência ou uso pedagógico orientado pelos professores. O objetivo principal é minimizar as distrações e criar um ambiente mais propício ao aprendizado.


Os benefícios para o aprendizado

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) indicam que o uso excessivo de celulares está associado a uma queda no desempenho acadêmico. Alunos que passam mais de cinco horas por dia conectados obtiveram, em média, 49 pontos a menos em matemática do que aqueles que usam os dispositivos por até uma hora. Além disso, 80% dos estudantes brasileiros relataram distrair-se com smartphones durante as aulas, um índice muito superior ao de países como Japão (18%) e Coreia do Sul (32%).

“O celular é uma ferramenta poderosa, mas quando mal utilizado, pode se tornar um obstáculo, inclusive gerando vícios que se compara a usos de entorpecentes. Retirá-lo do ambiente escolar reduz as distrações e permite que os alunos se concentrem mais nos conteúdos acadêmicos e nas interações presenciais”, afirma a neuropsicopedagoga Priscila Maciel, especialista em controle emocional.


Melhoria na socialização

Para muitos pais e educadores, a proibição também é uma oportunidade de estimular a socialização. Camila Cibeli Rodrigues, mãe do pequeno Miguel, de 5 anos e mãe do adolescente Eduardo, de 16 anos acredita que “quanto mais tempo as crianças passam longe das telas, melhor para o desenvolvimento emocional e para a criação de laços interpessoais, além de saberem lidar melhor com as frustações”. Ela ressalta que brincar no recreio, trocar experiências com outras crianças e jovens, resolver situações de forma coletiva são aprendizados valiosos para a vida, que as vezes acaba sendo limitado pelo uso do celular.


Menos ansiedade, mais bem-estar

Pesquisas também mostram que o uso excessivo de redes sociais, permitido pelos celulares, está relacionado ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre jovens. Ao restringir o acesso durante o período escolar, cria-se um espaço de respiro e desconexão, promovendo o bem-estar mental dos estudantes.


A opinião dos alunos

Embora alguns adolescentes tenham resistência à ideia, muitos reconhecem os benefícios. Fernando Oliveira, aluno do ensino médio, admite: “Às vezes o celular tira mesmo a nossa atenção. É difícil não pegar quando recebemos uma notificação. Sem ele, fico mais focado na aula e acabo me concentrando e aprendendo melhor.”


Desafios e adaptação

A aplicação da lei exigirá adaptação por parte das escolas, que deverão definir locais seguros para o armazenamento dos aparelhos e criar normas claras para os casos de descumprimento. O Ministro da Educação, Camilo Santana, reforça que o foco é garantir o uso apenas para fins pedagógicos, quando necessário.


Um passo para o futuro

A proibição dos celulares em sala de aula não é um retrocesso, mas sim uma tentativa de equilibrar a presença da tecnologia com a necessidade de foco e aprendizado. Como ressaltam especialistas, a chave é usar a tecnologia de forma consciente e planejada, para que ela seja uma aliada, e não um obstáculo na educação.

Comments


bottom of page